O feriado deste domingo 1º de Maio, Dia do Trabalhador, foi marcado por atos em favor de Jair Bolsonaro (PL) e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os eventos começaram ainda pela manhã e o público começou a dispersar no fim da tarde.Lula discursou no ato das centrais sindicais na praça Charles Müller, em São Paulo, em frente ao estádio do Pacaembu.
Além de defender suas realizações como presidente e criticar Bolsonaro, o petista também pediu desculpas aos policiais por um comentário que havia feito no sábado (30), quando disse que Bolsonaro “não gosta de gente, gosta de policial”.“Eu queria dizer que Bolsonaro só gosta de milícia, não gosta de gente, e eu falei que ele só gosta de polícia, não gosta de gente. Quero aproveitar para pedir desculpas aos policiais deste país, porque muitas vezes eles cometem erros, mas muitas vezes salvam muita gente do povo trabalhador. E temos que tratá-los como trabalhadores desse país”, disse Lula.
Bolsonaro, por sua vez, participou por uma transmissão ao vivo do Palácio do Alvorada de um ato em favor do governo federal na av. Paulista, em São Paulo.“Uma satisfação muito grande nessa manifestação pacífica e todas as demais em defesa da Constituição, da família e da liberdade”, disse o presidente na exibição, aplaudida pelo público presente na capital paulista.
Na fala direcionada ao público da Av. Paulista, Bolsonaro substituiu o termo “democracia” por “família”: é que mais cedo, quando participou da manifestação com apoiadores em Brasília, o presidente disse que sua participação era em “defesa da Constituição, democracia e liberdade”
Alguns dos atos pró-Bolsonaro tiveram alguns cartazes com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. O presidente não fez nenhuma menção ao Supremo em suas falas neste domingo.O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo STF e que recebeu perdão de Jair Bolsonaro, foi às manifestações em Niterói (RJ), no Rio de Janeiro e São Paulo, onde recebeu apoio de manifestantes. Na capital fluminense, Silveira disse que estava armado.
Por Kris Couto