Trabalhadores da Refinaria Landulpho Alves, que fica em São Francisco do Conde, região metropolitana de Salvador, fazem uma paralização na manhã desta quarta-feira (10), O grupo se reúne no acesso da refinaria chamado Trevo, e a previsão é de que este protesto aconteça até as 9h30 da manhã. Os petroleiros votaram pela greve, por causa da negociação de venda. A rodada final do processo de venda foi concluída na ultima segunda-feira (8), e a Mubadala Capital, empresa de investimentos, venceu a disputa por US$ 1,65 bilhão. Segundo a categoria, a partir da próxima semana os trabalhadores entram em indicativo de greve.
O coordenador do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Estado da Bahia (Sindipetro), Jairo Batista, disse que a privatização da refinaria coloca em risco a cadeia econômica da região. “A privatização da refinaria não só representa ameaça aos empregos dos trabalhadores. Há uma série de estudos que indicam que a privatização da refinaria vai ocasionar, não só impacto na arrecadação dos impostos, como também na economia do estado da Bahia e mais diretamente em diversas cidades. A gente entende, que não só para os trabalhadores, mas também para toda a região podem os empregos estarem ameaçados e a arrecadação de tributos também ficará prejudicada”, explicou o coordenador.
A Refinaria Landulfo Alves é a única produtora nacional de uma parafina alimentícia usada na fabricação de chocolates e chicletes, a chamada food grade. O processo de venda da Rlam é o mais adiantado entre as 8 refinarias que a Petrobras pretende privatizar até o final de 2021. A assinatura do contrato de compra e venda está sob aprovação dos órgãos competentes.
Por Kris Couto
Fonte G1
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