Nos campos queimados do Pantanal, um grupo de profissionais está tentando salvar animais que ficaram isolados.
O Pantanal é um mundo, mas muito pouco habitado. Pelo menos por seres humanos. É a vida selvagem exuberante que povoa essa imensidão. Onças, macacos, jacarés, aves… São mais de 1,2 mil espécies.
E se para os moradores das cidades a queimada leva fumaça, para os animais, leva a morte. O jacaré morreu a poucos metros do lago, que poderia ser a salvação. O outro, na beira do rio. A área úmida abrigava os caramujos. Milhares explodiram com o calor. Os caranguejos queimaram até virarem cascas esfarelentas.
A tragédia ainda é difícil de calcular. Mas a estimativa é de que na última grande queimada, de 2020, 17 milhões de animais vertebrados tenham morrido.
Salvar essas vidas, nessa imensidão, não é fácil. Mas tem muita gente tentando. A equipe do cruzou 110 km de rio, cortando a fumaça constante, para encontrar uma equipe do Gretap – Grupo de Resgate de Animais do Pantanal. Eles seguem a pé por quilômetros, em uma área queimada, carregando uma caixa de frutas, legumes e verduras.
Por Kris Couto
Fonte G1