Paris registrou protestos neste domingo (30), depois de os primeiros resultados indicarem que a extrema-direita saiu à frente no 1° turno das eleições legislativas. As eleições foram convocadas há três semanas e tiveram participação recorde em 40 anos.
Segundo uma sondagem feita pelos institutos Ifop, Ipsos, OpinionWay e Elable e pela Rádio França, o partido Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, saiu na frente neste primeiro turno, com 34% dos votos.
O bloco formado por siglas da esquerda aparece em segundo lugar, com 28,1%, e a coalizão de centro liderada pelo partido do presidente francês, Emmanuel Macron, em terceiro, com 20% dos votos.
Pelo sistema político da França, semipresidencialista, os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalizão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente — este eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas e que, na prática, é quem ganha mais protagonismo à frente do governo.
Caso o presidente e o primeiro-ministro sejam de partidos políticos diferentes, a França entrará em um chamado governo de “coabitação”, o que ocorreu apenas três vezes na história do país europeu e que pode paralisar o governo de Macron. Isso porque, neste caso, o premiê assume as funções de comandar o governo internamente, propondo, por exemplo, quem serão os ministros.
Por Kris Couto
Fonte G1