O segundo turno das eleições municipais de 2024 deixou em evidência a potência de partidos de centro e centro-direita e revelou uma polarização mais enfraquecida, em que tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro se mostraram pouco eficazes como padrinhos de candidatos.
Outro cenario que chamou atenção foi que cerca de 29% dos eleitores faltaram à votação neste domingo. Em São Paulo, a abstenção foi a maior da história em um 2º turno (31,54%).
O PSD, presidido por Gilberto Kassab, é o partido que vai liderar a maior parte da população do país a partir de 2025. Entre as capitais, a legenda vai comandar Rio e Belo Horizonte. Em São Paulo, fez parte da coligação vitoriosa que reelegeu Ricardo Nunes, do MDB. O MDB, aliás, será o segundo partido com mais prefeituras no país e seguirá no poder na capital paulistana.
O PT disputava o segundo turno em quatro capitais e levou só em uma: Fortaleza. Em São Paulo, Porto Alegre e Cuiabá, sofreu duras derrotas. Já o PL, de Bolsonaro, ganhou em apenas duas das 9 capitais para as quais concorria no segundo turno: Cuiabá e Aracaju. Ainda assim, está entre as legendas que mais conquistaram prefeituras nas principais cidades do país.
Principal fiador da candidatura de Nunes, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), saiu fortalecido como nome da direita para a disputa presidencial de 2026. Em seu discurso da vitória, Nunes o chamou de “líder maior.
Ribeirão Preto (SP) foi a cidade com a votação mais apertada no 2º turno. Entre as capitais, a disputa mais acirrada foi em Fortaleza.
Nas eleições deste ano, 17 dos 26 prefeitos eleitos em capitais declararam patrimônios milionários. Com mais de R$ 313 milhões, Sandro Mabel (União), de Goiânia, é o prefeito mais rico do Brasil.
Por Kris Couto
Fonte G1