Inconformados com a derrota eleitoral do último domingo, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) interditavam 230 pontos de estradas em 21 Estados e no Distrito Federal até o fim da manhã desta terça-feira, apesar de decisão do Supremo Tribunal Federal determinando o desbloqueio imediato das vias tanto pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) como pelas polícias militares estaduais.
Puxados inicialmente por caminhoneiros, os grupos bolsonaristas pedem o desrespeito às urnas e em, alguns casos, clamam explicitamente por uma “intervenção” militar que impeça o petista de assumir em janeiro.Em São Paulo, após ordem do governador paulista, Rodrigo Garcia (PSDB), a Polícia Militar começou a desbloquear vias estaduais. Segundo o balanço da PM, desde domingo, 48 rodovias foram liberadas, 102 foram parcialmente liberadas e 14 seguem interditadas no Estado.
Um dos primeiros protestos dissolvidos foi na rodovia que leva ao aeroporto de Guarulhos, o maior do Brasil, onde o bloqueio na noite de segunda-feira levou ao cancelamento de 25 voos, segundo a concessionária que administra o aeroporto.