Os petroleiros do estado da Bahia, estraram em greve por tempo indeterminado hoje quinta feira, (18) , a categoria paralisou suas atividades contra a venda da estatal. Para marcar o primeiro dia de greve, os petroleiros realizam, um ato em frente à Refinaria Landulpho Alves (Rlam), no município de São Francisco do Conde, região metropolitana de Salvador.
Segundo o diretor de comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, há uma grande insegurança entre os trabalhadores próprios e terceirizados da Petrobras. “Falta transparência. Em nenhum momento, o Sindipetro foi chamado pela Petrobras para discutir como vão ficar os contratos desses trabalhadores caso a venda da Rlam seja concretizada. Sabemos que muitos trabalhadores terceirizados serão demitidos e os próprios estão sendo pressionados a aderir ao Plano de Demissão Voluntária, ou serão transferidos para outros estados”, disse Radiovaldo.
No entanto a Petrobras informou que tomará todas as medidas administrativas e jurídicas cabíveis, pois considera esta greve abusiva. Segundo a companhia, decisões recentes do Tribunal Superior do Trabalho (TST) confirmam o entendimento de que uma greve só é legítima quando está relacionada à reivindicação de direitos dos trabalhadores, como salário e benefícios, caso contrário, é considerada abusiva. Ainda de acordo com a estatal, “a venda da Rlam não acarretará nenhuma perda de direito ou vantagem trabalhista para os empregados da Petrobras”.
A Refinaria Landulpho Alves foi vendida para o fundo árabe Mubadala, por R$ 1,65 bilhão, no inicio desse mês. As outras 6 refinarias que continuam em processo de venda são: Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas, Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Minas Gerais, Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), no Ceará, Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná.
Por kris Couto
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