A Polícia Civil do Distrito Federal localizou na tarde desta quarta-feira, 18, o sétimo corpo supostamente relacionado ao desaparecimento de oito pessoas da mesma família. O caso está ligado a cabeleireira Elizamar Silva, que desapareceu junto com os três filhos – Gabriel, de 7 anos, e os gêmeos, Rafael e Rafaela, de 6 anos – em 12 de janeiro.
Antes disso, a polícia já havia encontrado seis corpos carbonizados em dois carros da família. Thiago Gabriel Belchior de Oliveira e Marcos Antônio Lopes de Oliveira, marido e sogro, respectivamente, de Elizamar Silva, são suspeitos de mandar matá-la e a toda família. Entenda o caso do assassinato brutal da família e o que se sabe até agora.
Desaparecimento
O caso começou quando Elizamar Silva desapareceu junto com os três filhos em 12 de janeiro. Ela era casada há dez anos com Thiago. Além disso, a moradora de Santa Maria, no DF, era mãe de um rapaz, de 24 anos, e de uma outra jovem, de 18 anos, que comunicaram a polícia sobre o desaparecimento da cabeleireira. De acordo com testemunhas, no dia em que Elizamar foi vista pela última vez, Thiago comentou que tinha brigado com a esposa, que teria saído com os três filhos. No entanto, um dia depois, na sexta-feira, 13, o carro da cabeleireira foi localizado carbonizado, com quatro corpos dentro. Até o momento, a polícia não confirmou se os corpos são de Elizamar e dos três filhos. Já no sábado, 14, a polícia encontrou o carro de Marcos Antônio, também carbonizado, com outros dois corpos dentro. As vítimas também não foram identificadas até o momento.
Prisão
Na terça-feira, 17, três suspeitos foram presos por envolvimento no crime. São eles: Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, e Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos.
Motivação
Após investigações e depoimentos dos suspeitos presos, a Polícia Civil acredita que o crime teria sido motivado por dinheiro. Um dos presos disse a polícia que Thiago e Marcos Antônio queriam R$ 100 mil que Elizamar conseguiu de um empréstimo para investir no salão de beleza que abriu na Asa Norte, em Brasília. Além disso, o suspeito comentou que eles também queriam R$ 400 mil que Renata Juliene Belchior, de 52 anos, mãe de Thiago e esposa de Marcos Antônio, tinha, pela venda de uma casa em Santa Maria, no DF. Inclusive, o delegado responsável pelo caso, Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia, do Paranoá, afirmou que Horácio Carlos Ferreira Barbosa disse que ele e Gideon Batista de Menezes receberam R$ 100 mil para matar a cabeleireira, os três filhos, a sogra e a cunhada da mulher. Já Fabrício Silva Canhedo disse que teria sido responsável por vigiar Renata Juliene Belchior e Gabriela Belchior de Oliveira, de 25 anos, irmã de Thiago e filha de Marcos Antônio, no cativeiro onde foi encontrado o sétimo corpo.
Por Kris Couto