Mais de 200 trabalhadores submetidos a condições comparáveis à escravidão são resgatados em Goiás e Minas. Em um dos alojamentos que abrigavam trabalhadores de usinas de cana-de-açúcar, na região de Itumbiara, no sul de Goiás, parte dormia em redes, estendidas no chão, e outra, no pátio.
A Polícia Federal, o Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho resgataram 212 trabalhadores em Goiás e em Minas Gerais.Em um dos alojamentos que abrigavam os mais de 200 trabalhadores de usinas de cana-de-açúcar, na região de Itumbiara, no sul de Goiás, parte do grupo dormia em redes estendidas no chão, e outros no pátio.
Alimentos eram guardados debaixo da pia.”Aqui nós temos um barraco em condições precaríssimas, que não têm ventilação, sequer pode ser utilizado como habitação”, aponta agente em filmagem feita no local.Segundo os fiscais, as condições de trabalho também não eram dignas.“Vendiam as ferramentas de trabalho para esses trabalhadores, que é obrigação do empregador.
Alimentação totalmente deficiente, praticamente arroz com uma pequena porção de carne, salsicha, fígado. Saiam com uma marmita de manhã e já comiam parte dessa marmita no café da manhã, porque não tinha nada para comer. Na hora do almoço, o que eles comiam era o restante da marmita já fria”, conta o auditor do Trabalho Roberto Mendes.As investigações começaram depois de uma denúncia. Segundo o Ministério do Trabalho, empresas contratavam os trabalhadores no Nordeste e depois os encaminhavam para o plantio e a colheita nas lavouras de cana-de-açúcar.
Por Kris Couto
Fonte G1