Neste domingo (2), cinco mulheres foram eleitas pela Bahia para a Câmara dos Deputados. O número mais que dobrou em relação a 2018, quando apenas duas mulheres foram escolhidas para ocupar as cadeiras em Brasília. A porcentagem, entretanto, continua ínfima se considerados os 34 homens eleitos: 13,3%. Em todo o país, a Bahia é o décimo estado com menor proporção de mulheres eleitas para o Congresso.
Alice Portugal (PCdoB), Lidice da Mata (PSB), Ivoneide Caetano (PT), Rogéria Santos (Republicanos) e Roberta Roma (PL) vão integrar em 2023 a nova bancada feminina no Congresso, que conta com 91 deputadas federais, número que corresponde a 18% do total de vagas. Hoje, a representação é de 15%. Em 2018, foram eleitas 77 mulheres.
A bancada feminina terá também, pela primeira vez na história da Câmara dos Deputados, duas deputadas trans: Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).Segundo a União Interparlamentar (UIP), organização global que reúne 193 países, a participação das mulheres nos parlamentos é de 26,4% em média. O Brasil fica abaixo dela, com 17,7% de representação. Se fosse seguir esse padrão, a bancada feminina na Câmara deveria ter 135 deputadas.
Quatro estados não elegeram mulheres para a Câmara
Neste ano, quatro estados ainda não elegeram nenhuma mulher para ocupar as vagas na Câmara: Alagoas, Amazonas, Paraíba e Tocantins. Por outro lado, os estados que se saíram melhor em proporção foram Acre e Amapá, ambos com 37,5% de representação, e Goiás, com 35,2%.
Os partidos com mais mulheres são o PL e a federação liderada pelo PT, que são também as duas maiores bancadas da Câmara dos Deputados. A federação é líder na representação feminina, com 21 deputadas (17 do PT e 3 do PCdoB). O PL, por sua vez, elegeu 17 deputadas federais.
Por Kris Couto
Fonte Metro1