A Polícia Civil concluiu que o homem suspeito de mandar matar o pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, dentro da clínica onde a vítima trabalhava, encomendou o crime após sentir ciúmes da ex-esposa, durante uma consulta com o filho dele.Júlio César, de 44 anos, foi morto em 23 de setembro no município de Barra, quando estava em atendimento. Ele foi baleado na frente de pacientes e da esposa, que é enfermeira e trabalhava com ele no local.
Segundo informações do titular da Delegacia Territorial de Barra, delegado Jenivaldo Rodrigues Ataíde Santos, Diego Santos Silva, de 31 anos, é um ex-marido possessivo e “criou mentalmente” que Júlio César teria olhado para os seios da ex dele.
Essa motivação é totalmente rejeitada pela família. Para os irmãos, o médico pode ter sido morto por uma disputa de espaço de trabalho. A polícia informou que a linha foi analisada, mas não foi confirmada.
Diego Santos Silva foi preso na tarde de sexta-feira (22), após se apresentar em Barreiras, cidade que também fica no oeste da Bahia. Nesta segunda, a diretora do Departamento de Polícia do Interior, delegada Rogéria da Silva Araújo, confirmou que o suspeito se manteve em silêncio durante a tentativa do depoimento.
O coordenador da 14ª Coorpin/Irecê, delegado Ernandes Reis Santos Júnior informou que mesmo com a decisão do suspeito de se manter em silêncio, o órgão concluiu a motivação porque os outros suspeitos presos relataram os fatos.Além disso, a Polícia Civil confirmou que o filho do suspeito era paciente de Júlio César antes do crime, o que reforçaria essa linha de investigação.“Pessoas ligadas ao acusado disseram que ele tinha olheiros para ficar perto da companheira e já tinha dito a ela que não aceitaria que tivesse outras relações”, contou o delegado Jenivaldo Rodrigues .
Quatro suspeitos já foram presos: os executores do crime e um casal, que conforme as investigações, atuou como olheiro. Os três homens foram encaminhados para a penitenciária de Barreiras e a mulher está presa na delegacia de Barra. O inquérito do caso vai ser entregue para o Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Por Kris Couto
Fonte G1