Durante entrevista à Rádio Sociedade, da Bahia, na quinta-feira, 25, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse ser contra a realização do Carnaval em 2022 em razão dos riscos de um novo surto de Covid-19.
Mais uma vez o presidente tentou justificar que não pode fazer nada, já que foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de estados e municípios decretarem medidas para evitar a disseminação da doença.
A decisão do STF, contudo, reforça a autonomia de prefeitos e governadores, mas em nenhum momento tira do presidente da República a responsabilidade sobre qualquer decisão.
Na verdade, o Supremo reforçou que a União não poderia interferir em medidas de isolamento social impostas pelos gestores.Segundo Bolsonaro, a folia já não deveria ter sido permitida em 2020, e diz que a atitude dos governadores e prefeitos geraram “consequências” que resultaram na morte de mais de 600 mil brasileiros.
“Por mim não teria Carnaval. Mas tem um detalhe: quem decide não sou eu, segundo o STF, quem decide são os governadores e prefeitos […] ano passado, ainda estava engatinhando questão da pandemia, não tinha óbito no Brasil, eu decretei emergência, e governadores e prefeitos ignoraram. As consequências vieram e hoje temos mais de 600 mil óbitos”, disse o presidente.”Alguns tentaram imputar a mim essa responsabilidade, mas não tenho culpa disso, não estou me esquivando ou apontando outras pessoas, é uma realidade”, acrescentou.
Por Kris Couto