Caminhoneiros de todo o país prometem iniciar hoje 1 de fevereiro, uma greve por tempo indeterminado. A adesão à paralisação, porém, não é consenso, e a extensão do movimento ainda é incerta. Na Bahia, o movimento de paralisação dos caminhoneiros ,está dividido e não tem 100% de adesão da categoria. Na BR-324, um grupo formado por aproximadamente 20 caminhoneiros autônomos faz caminhada pacífica em direção à Cia-Aeroporto. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha o protesto, que ocupa o acostamento e uma das faixas de tráfego da rodovia.
Mais cedo, outro grupo protestou na BR-116, nas proximidades do município de Itatim. Os maifestantes chegaram a bloquear a pista, queimando pneus e outro objetos. A PRF foi acionada e já liberou a via. No sul e extremo sul do Estado, não tem registro de paralisação parcial ou total dos caminhoneiros na BR-101.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros na Bahia, Jorge Carlos da Silva, há registro de adesão à greve em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Feira de Santana e em Vitória da Conquista, na região Sudoeste. “A recomendação do sindicato é a de que os motoristas deixem o caminhão em casa e participem do protesto”,. Segundo ele, um balanço sobre a adesão à paralisação só deve ser divulgado no fim da tarde.
Reivindicação
Entre as pautas de reivindicação, estão melhores condições de trabalho, o marco regulatório do transporte marítimo, o direito a aposentadoria especial, além de protesto contra o aumento do preço do óleo diesel. A decisão de promover a greve foi tomada no dia 15 de dezembro de 2020, em assembleia geral extraordinária do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). Os caminhoneiros já haviam feito, em 2018, uma grande paralisação que durou 10 dias e afetou o sistema de distribuição em todo o país durante o governo do presidente Michel Temer (MDB).
Categorias divididas
As principais entidades à frente da convocação são a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística), a ANTB (Associação Nacional de Transporte no Brasil), e o CNTRC (Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas). Outras entidades são contra a manifestação, inclusive algumas que participaram da greve de 2018, como a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) e a Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos).O CNTRC afirma que a orientação é que os caminhoneiros e apoiadores fiquem parados em casa, por causa da pandemia do novo coronavírus. A instrução está no ofício que a entidade enviou ao governo e autoridades na sexta-feira (29) notificando sobre a greve. José Roberto Stringasci, presidente da ANTB (Associação Nacional de Transporte no Brasil) —uma das entidades que apoia a paralisação, afirma que haverá pontos de manifestação em todo o Brasil.
O presidente Jair Bolsonaro, fez um apelo no sábado (30) para que os caminhoneiros não entrem em greve. “Fiz apelo aos caminhoneiros. Sabemos dos problemas deles. Se tivesse condições, zeraria PIS/Cofins óleo diesel, que está em R$ 0,33, mas vamos tentar zerar pelo menos, mas não é fácil”.
Por Kris Couto
Fontes Uol e Atarde
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