A PF (Polícia Federal) deflagrou operação contra desvios de recursos públicos nas obras do estádio Castelão, no Ceará, na manhã desta quarta-feira, (15) Oitenta policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal.
Entre os alvos, estão o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) e o irmão dele, o ex-governador do Ceará e senador Cid Gomes (PDT). De acordo com a revista Veja, as buscas têm o objetivo de apreender mídias digitais, aparelhos celulares e documentos.
Conforme nota da polícia, as suspeitas são de “fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos decorrentes de procedimento de licitação para obras” no estádio, entre os anos de 2010 e 2013.
De acordo com a PF, as investigações miram em “possível pagamento de vantagem indevida para que a Galvão Engenharia obtivesse êxito no processo licitatório da Arena Castelão e, na fase de execução contratual, recebesse valores devidos pelo Governo do Estado ao longo da execução da obra de reforma, ampliação, adequação, operação e manutenção do Estádio”.
A representação indica que o valor da concorrência foi de R$ 518 milhões, oriundo em parte de financiamento do BNDES. “Apurou-se indícios de pagamentos de 11 milhões de reais em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas“, registrou a PF em nota.A operação foi batizada de “Colosseum”, que remete em italiano ao estádio Coliseu, em Roma, na Itália.
Ciro nega suposto esquema de corrupção, Após a PF ter ido a sua casa, Ciro Gomes disse em suas redes sociais que a ordem judicial de busca e apreensão é “abusiva” e que “Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade“.
Por Kris Couto
Fonte G1