Até outro dia, uma câmera no poste, no muro ou numa fachada era o temor dos ladrões na Pituba. Hoje, o equipamento não intimida mais ninguém. Furtos, assaltos, arrombamentos viraram rotina no bairro de classe médica e de importante potencial econômico de Salvador. Sem segurança, comerciantes e moradores usaram como alternativas cercas elétricas e refletores potentes, principalmente em prédios menores, onde não há porteiros.
A medida reduziu as ocorrências, mas não por muito tempo. Na Rua Marechal Andréa, por exemplo, um trio (dois homens e uma mulher), que vive perambulando na região, fez a limpa em lojas e em uma academia de crossfit, na madrugada do dia 12. Com sacolas abarrotadas, eles desapareceram na Avenida Paulo VI.
No dia seguinte, um deles voltou à academia e deu de cara com o proprietário, que reagiu. O empresário impediu o roubo, mas saiu todo cortado de vidro na luta com o ladrão, que está solto para fazer novas vítimas.
Há escolas, clínicas, igrejas, restaurantes, um prato cheio para os ladrões, que contam com a vantagem da ausência do policiamento ostensivo, é o que garantem os moradores, que pensam em fazer uma “vaquinha” para contratar o serviço de segurança privada.
Por Kris Couto
Fonte Correio da Bahia