No total, são 22 escolas que deixaram de funcionar em algum momento de 2024 por causa das trocas de tiros, segundo a Secretaria Municipal de Educação (Smed) – a grande maioria dos casos está na região do Subúrbio e relacionada com a guerra entre as facções. Mas é no bairro de Vila Verde onde situação é mais crônica, até agora. Lá, desde que os confrontos se acirram entre o Bonde do Maluco (BDM) e o Comando Vermelho (CV), a Escola Municipal Laura Sales de Almeida não funcionou por dois dias em abril (11 e 26) e por 15 dias em maio (3, 7, 8, 14 a 17, 20 a 24, 27, 28 e 29). “As mães traziam os alunos, era por volta das 08h, quando os tiros começaram. Foram muitos. Um desespero total”, contou a mãe de um dos alunos, ao lembrar de um dos episódios próximos à escola.
Segundo os pais dos alunos, os profissionais, entre eles professores, não se sentem seguros para o retorno ao trabalho.
O rastro da guerra entre o BDM e o CV está também nas marcas de tiros na fachada da escola e no fundo do mundo, onde há inúmeras pichações com as inscrições das duas facções, em alguns casos, uma sob a outra. “Tá um negócio sério, isso aqui. Durante o dia, é tranquilidade. Eles não fazem nada, por causa da polícia. Mas à noite, isso aqui fica cheio deles. Sobem e descem com exibindo as armas, mesmo com essa polícia toda aqui. É que a concentração das viaturas é toda lá em cima, na Rua Planalto Verde, a principal”, pontou o morador.
Por Kris Couto
Fonte Correio da Bahia