A Comissão dos Moradores do Apicum, do município Madre de Deus região metropolitana de Salvador, esteve presente na câmara de vereadores da cidade manhã de terça-feira, 8.
O objetivo desse encontro foi para falar a respeito das famílias do bairro do apicum, que vivem um drama pela possível desapropriação de suas residências, por conta de contaminação por produtos tóxico, no terreno da CCC (Companhia de Carbonos Coloidais), assim como também, contar com o apoio dos vereadores e de agentes da Prefeitura.
O processo de retirada está sendo feito, através de um (TCA), Termo de Compromisso Ambiental, junto ao Ministério Público da Bahia MPE/ BA, com as empresas: Braskem S.A, CCC e Prefeitura de Madre de Deus, onde foi publicado o Decreto Nº 030/2021, de 16 de fevereiro, tornando a área “contaminada’.
Para uma das representantes da comissão, Denice Coelho é preciso apoio e esclarecimentos para este problema: “ A gente não tem como entrar numa briga dessa sozinhos, por isso precisamos do apoio dos vereadores. Precisamos de esclarecimentos, pois ninguém explica nada, queremos saber para onde vamos, qual será o valor dos nossos imóveis, enfim, são muitas dúvidas”.
Participaram desta reunião os vereadores Adailton do Suape (PCdoB), Michele Paz (PSD), Renato de Martins (PSD), Val Peças (PSB), Jodiane de Jajai ( PTB ), o presidente da Câmara Paulinho de Nalva (Republicanos) e o secretário de Meio Ambiente do município André Ferraro.
De acordo com o vereador Adailton Suape, Líder da oposição na Câmara, é preciso que a Braskem se posicione em relação ao valor que será destinado para os moradores: “Sabemos que o valor do imóvel em Madre de Deus é muito alto, se essas pessoas tiverem de sair que elas saiam com um preço justo, porque ali existe um passivo de saúde, de social e por isso iremos fazer o convite a essa empresa para que possa comparecer a uma reunião e explicar sobre isso” cobrou o vereador.
Já o secretário André Ferraro explicou que a desapropriação pode acontecer como também não pode :“ A gente tá chegando num momento decisivo no processo, mas faz parte do acordo que a gente (Prefeitura), ficaria apenas como observador. Inclusive esse processo pode voltar à estaca a zero, se a questão indenizatória não for justa com os moradores”, ressaltou.
Uma nova reunião será marcada para a próxima terça-feira( 15 ), para que a Comissão comece a traçar novas alternativas sobre o tema.
Por Kris Couto