O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou os empresários Alexandre e Diógenes Carvalho pelo crime de tortura, cometido contra William de Jesus Conceição e Marcos Eduardo Serra Silva, em agosto deste ano. A denúncia seguiu o laudo pericial do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
As informações foram dadas pelo próprio MP-BA nesta terça-feira (11). O MP também pediu a prisão preventiva dos acusados. Uma das vítimas, o William, teve as mãos queimadas com o número 171, como “punição” pelo suposto furto de R$ 30 da empresa. O jovem nega que tenha roubado o dinheiro.
Além das mãos queimadas, ele também foi agredido com pauladas nas mãos e no corpo. O colega de trabalho dele, Marcos Eduardo, foi agredido a pauladas. O inquérito sobre do caso já foi concluído, mas ainda não há detalhes sobre indiciamentos.
Crime
Os dois trabalhadores registraram o caso em delegacia, ainda em agosto. Alexandre e Diógenes foram ouvidos mais de uma vez pela polícia. Eles confessaram as agressões, mas alegaram que não torturaram os jovens.
Na época, o delegado afirmou que não havia elementos para pedir a prisão dos patrões das vítimas, no curso das investigações. As duas vítimas disseram que foram atacadas na própria loja onde trabalhavam, em uma emboscada armada pelos patrões. Eles foram agredidos em dias diferentes.
‘Ele me queimava devagar, disse que não queria estar na minha pele’, relata trabalhador torturado por patrão em Salvador