Os casos de violência contra médicos e profissionais da saúde, no ambiente de trabalho, são comuns e rotineiros. Quem denuncia é o presidente do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), Otávio Marambaia.
O episódio como o da médica Sandra Lúcia Bouyer agredida, por pai e filha, enquanto atendia na sala vermelha do Hospital Municipal Francisco da Silva, na Zona Norte do Rio de Janeiro, não está distante da realidade dos baianos. “Muitas vezes o médico é agredido e minimiza a situação com medo de represálias ou por já estar acostumado”, afirma o conselheiro.
No mês passado, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) aprovou a Resolução 344/2023, que determina que todas as unidades de saúde tenham segurança. Após ampla repercussão do caso da médica Sandra Bouyer na imprensa, com destaque para uma reportagem exibida, no último domingo (23), no Fantástico.
o secretário da saúde da capital fluminense anunciou que a guarda municipal estará presente em todas as unidades de grande porte. “Sem dúvida, essa foi uma vitória importante do Cremerj. Mas, a verdade é que não existe nenhuma resolução do conselho que obrigue estado e prefeitura a cumprirem com sua obrigação, que é a de salvaguardar a integridade dos profissionais”, reiterou Marambaia.
Ele também denuncia que a instituição vem tentando uma interlocução com os poderes públicos municipal e estadual, sem retorno. E que, há pelo menos dois anos e meio, desde o início da sua gestão, foram enviados diversos e-mails, ofícios, convites para reuniões e tentativas de convênios, sem sucesso. “Eles nunca deram nenhuma importância. É um descaso absoluto”, frisou.
Por Kris Couto
Fonte G1