O número de mortos em razão dos temporais que atingem o Rio Grande do Sul subiu para 37, divulgou no começo da tarde desta sexta-feira (3) a Defesa Civil. Além dos 37 mortos e 74 desaparecidos, 74 pessoas ficaram feridas. O órgão soma cerca de 31.547 pessoas fora de casa, sendo 7.949 pessoas em abrigos e 23.598 desalojados (na casa de familiares ou amigos). Ao todo, 235 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 351.639 mil pessoas.
As barragens em nível de alerta têm anomalias representam risco à segurança da barragem, exigindo providências para manutenção das condições de segurança. Já as estruturas em nível de atenção são quando as anomalias não comprometem a segurança da barragem no curto prazo, mas exigem monitoramento, controle ou reparo ao decurso do tempo.
O estado afirma que também monitora com atenção as barragens de Santa Lúcia, em Putinga; São Miguel do Buriti, em Bento Gonçalves; Nova de Espólio de Aldo Malta Dihl, em Glorinha; e Belo Monte, em Eldorado do Sul.
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
“Serão dias difíceis. Pedimos que as pessoas saiam de casa. O nosso objetivo é salvar vidas. Coisas serão perdidas, mas devemos preservar vidas. Nossa prioridade é resgatar as pessoas. Em relação ao restante, nós daremos um jeito posteriormente”, disse o governador Eduardo Leite (PSDB), que já afirmou que o temporal é “o maior desastre do estado” e que o Rio Grande do Sul vive uma “situação de guerra”.
A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas do estado com risco de elevação das águas acima da cota de inundação. O governo federal enviou 100 integrantes da Força Nacional para o RS na tarde desta sexta-feira. A tropa federal ajudará nas operações de salvamento e resgate das pessoas atingidas pelas enchentes no estado.
Dos 100 enviados para a região, 60 deles são bombeiros para auxiliar na resposta ao desastre causado pelos temporais no estado. Também serão deslocados para o estado 25 caminhonetes, dois ônibus, um caminhão e três botes de resgate. São 36 policiais federais que estão envolvidos diretamente nos trabalhos.
Por Kris Couto
Fonte G1